Tiella de Gaeta com polvo

Durante a nossa viagem a Gaeta, não podíamos deixar de provar um dos seus pratos mais famosos: a tiella.

No restaurante “La Rete“, pedi uma versão sem glúten que o gentil proprietário preparou especialmente para mim: excepcional!

A tiella de Gaeta consiste em interpor um recheio de vários tipos (geralmente de produtos da terra ou do mar) entre duas camadas de massa semelhante à de pizza.

A tiella nasceu como prato único, apreciado por agricultores e pescadores para permitir que tivessem uma refeição que se conservasse por vários dias.

Diz-se que já na época dos Bourbon alguns deles eram apreciadores; posteriormente, sua memória se liga ao consumo dos gaetanos que partiam para a América em busca de fortuna.

A tradição quer a tiella recheada de polvos, assim como eu provei, ou lulinhas, escarola, como comeu Stefano (veja fotos de ambas abaixo), espinafre e bacalhau, abobrinhas, cebolas, anchovas, sardinhas, mexilhões, ou outros, dependendo das variações.

Diz-se que o segredo de uma boa tiella é o azeite produzido com azeitonas de Gaeta que, como se dizia antigamente, deve escorrer até os cotovelos.

A tiella, segundo a tradição, deve ser colocada em uma assadeira (tiella, daí o nome) de cobre estanhado (que distribui uniformemente o calor).

É mais um street food do que propriamente um prato para saborear no restaurante, por isso a sugestão, se quiser comê-la no prato, em Gaeta: reserve com pelo menos um dia de antecedência.

Para saborear melhor sua maciez e compacidade, deve ser comida com as mãos, cortada em fatias, deixando o azeite escorrer pelos dedos.

Não deve ser colocada na geladeira. Conserva-se por um par de dias.

A receita a seguir é da tiella mais representativa, a de polvo.

No vídeo você também encontra a preparação sem glúten, com farinha de trigo sarraceno substituída pela farinha.

https://www.ebay.it/itm/174245702073
  • Dificuldade: Média
  • Custo: Econômico
  • Tempo de descanso: 30 Minutos
  • Tempo de preparação: 10 Minutos
  • Porções: 1 pessoa
  • Métodos de cozimento: Forno
  • Culinária: Italiana
  • 250 g farinha
  • 10 g fermento
  • 200 ml água
  • 500 g polvo
  • 50 g azeitonas pretas* de Gaeta sem caroço
  • 50 g tomates pelados
  • q.b. salsinha
  • q.b. pimentões
  • q.b. azeite de oliva
  • q.b. sal

Preparação

  • Primeiro, cozinhe o polvo. Leve uma panela com bastante água e uma pitada de sal para ferver, e mergulhe o polvo de forma que fique completamente coberto pela água.

    Cozinhe em fogo baixo por cerca de 45 minutos, verificando de vez em quando o cozimento e retirando a espuma que possa se formar.

    Prepare a massa para as bases colocando o fermento com sal e azeite em uma tigela. Adicione a farinha e depois a água aos poucos até obter uma massa homogênea, trabalhando-a por pelo menos 10 minutos.

    Enrole a massa em um pano de prato e deixe-a crescer por pelo menos meia hora em local quente.

    Enquanto isso, prepare o recheio cortando os polvos em pedaços e temperando-os com azeite, salsinha, pimenta e os tomates pelados, adicionando as azeitonas sem caroço.

    Pegue metade da massa e abra-a com um rolo até obter uma folha com espessura inferior a um centímetro. Unte uma forma redonda com azeite e forre-a com o disco de massa.

    Coloque o recheio sobre a massa e cubra com um disco de massa como o preparado anteriormente, unindo os dois discos com uma leve pressão em toda a borda. Feche bem selando as bordas, faça furos na superfície com os dentes de um garfo e pincele abundantemente com azeite de oliva.

    Asse em forno já aquecido na prateleira baixa do forno estático a 180°C e cozinhe por 30/35 minutos. Quando estiver pronto, retire do forno e deixe esfriar por alguns minutos antes de servir.

*As azeitonas pretas de Gaeta:

A azeitona de Gaeta não é preta, como se acredita comummente, mas de cor violácea, com sabor vinhoso, amargo com nuances acéticas.

Existem muitas imitações. Está em curso o reconhecimento para a Denominação Geográfica Protegida. Importantes são a qualidade e as espécies das azeitonas. O melhor resultado é obtido com a “cultivar” local que apresenta forma fusiforme. Também encontramos a espécie denominada atualmente “itrana” que apresenta um fruto mais arredondado.

Existem muitas imitações. Está em curso o reconhecimento para a Denominação Geográfica Protegida. Importantes são a qualidade e as espécies das azeitonas. O melhor resultado é obtido com a “cultivar” local que apresenta forma fusiforme. Também encontramos a espécie denominada atualmente “itrana” que apresenta um fruto mais arredondado.

Existem muitas imitações. Está em curso o reconhecimento para a Denominação Geográfica Protegida. Importantes são a qualidade e as espécies das azeitonas. O melhor resultado é obtido com a “cultivar” local que apresenta forma fusiforme. Também encontramos a espécie denominada atualmente “itrana” que apresenta um fruto mais arredondado.

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