Nachos e guacamole são a minha paixão mexicana…

Fui ao México pela primeira vez em 2003, Riviera Maya, região de Playa del Carmen, ganhei a estadia no resort “Copacabana”**** graças a uma noite com a Eurotravel (outro T.O. falido): estrutura maravilhosa, imersa no verde e em uma praia longa, branca e de mar cristalino, mas a viagem foi um desastre porque no meio das férias nos roubaram tudo no quarto, do cofre, e por anos não quis voltar ao México.

Depois voltei, em 2011, Baja California, hotel “Pueblo Bonito Rosé” em Cabo San Lucas. Viagem perfeita.

A Riviera Maya e a Baja California são bastante diferentes, parece quase que você está em dois países diferentes, se a primeira é o México que você espera, também pela proximidade com as ruínas maias de Tulum, na Baja California parece que você está nos Estados Unidos, pela grande presença de americanos, pelas estruturas hoteleiras de estilo americano, e pela gastronomia mista.

Se você procura o México das longas praias brancas e dos tesouros maias, o conselho é um tour por Yucatán com estadia à beira-mar na região de Playa del Carmen, mas se você quer um México diferente, talvez um pouco mais rico, então Baja California é o ideal.

Em novembro de 2023, voltamos ao México, visitando primeiro a Cidade do México e depois nos mudamos para Isla Mujeres, uma pequena ilha em frente a Cancún, no Mar do Caribe.

A gastronomia mexicana é mais ou menos conhecida por todos, embora muitas vezes haja alguma confusão com o tex-mex, que é uma fusão entre a cozinha americana e a mexicana; hoje, por cozinha Tex-Mex entende-se, de fato, aquela praticada nos estados do sul dos EUA.

A cozinha mexicana era a dos índios, Astecas e Maias, e baseava-se em ingredientes como batatas, milho, feijão, cacau e tomates.
São todos ingredientes que também se encontram na cozinha Tex-Mex, mas unidos e cozinhados de forma diferente.
A verdadeira cozinha mexicana é feita de especiarias e sabores fortes, queijos brancos que contrastam com o clássico queijo amarelo que acompanha alguns desses pratos em uma versão mais americana.

Os pratos da tradição mexicana são os Tacos al pastor, sopes, pozole, mole, tamales e são todos pratos tradicionais, ricos em ingredientes locais e que dificilmente se encontram na Europa.
Tudo regado com Margarita e acompanhado do molho guacamole.

Este prato é o único praticamente idêntico nas duas cozinhas, embora no México seja frequentemente acompanhado por tortilla e disputa o protagonismo com muitos outros tipos de molhos, menos difundidos na versão de cozinha revisitada tex-mex.

E é exatamente este molho feito de abacate o protagonista da minha receita, não tanto porque eu o ame particularmente, mas porque combina com um dos lanches de que mais gosto… os nachos!

Nachos e guacamole são uma fusão tex-mex perfeita, os nachos de fato nasceram em 1943 em Piedras Negras, na fronteira com o Texas.

Mas atenção, não fazem parte da cozinha tradicional mexicana, são os Chilaquiles os verdadeiros “nachos” do México e a receita é um tanto diferente…
por chilaquiles entende-se tortillas de milho chamadas totopos*, que, após serem cortadas em quartos e levemente fritas, são amolecidas e temperadas em um composto à base de salsa verde ou vermelha, carne de frango, queijo e feijão frito e às vezes até ovo.

Os totopos se tornam nachos quando são cobertos com: frijoles refritos, molho de queijo, jalapeño, creme azedo, tomates, cebola.

Segue a receita original do guacamole, cuja palavra (masculina) nasce da união de ahuacatl, abacate, e molli, molho.

A antiga receita, de fato, previa o uso exclusivo de abacate e suco de limão.
Com o tempo, diversos ingredientes foram adicionados, dando origem a uma longa série de variantes, embora a prevalente seja com tomate, cebola e pimenta.

E a receita básica para os totopos também serve para os chilaquiles.

Na foto, os nachos provados durante a viagem a Isla Mujeres.