Receita de Pastiera Napolitana, um triunfo de sabores e tradição

Aqui está a receita detalhada da pastiera napolitana com todos os passos, conselhos e segredos para prepará-la com perfeição.

Fazer a pastiera clássica é um ritual, uma arte que é passada de geração em geração. É um doce icônico da Páscoa, uma combinação perfeita entre a cremosidade da ricota, o perfume das flores de laranjeira e o sabor único do trigo cozido.

Como todos os doces antigos e tradicionais, preparar uma pastiera requer paciência e atenção aos detalhes, mas o resultado compensa amplamente cada esforço.

A pastiera napolitana é muito mais do que um simples doce. Suas origens se perdem na noite dos tempos, entrelaçando história, lenda e devoção popular.

Alguns estudiosos fazem remontar as origens da pastiera a rituais pagãos ligados à primavera e à fertilidade. O trigo, símbolo de renascimento, e os ovos, símbolo de nova vida, eram ingredientes sagrados oferecidos às divindades para promover uma boa colheita.

Supõe-se que uma antecessora da pastiera fosse uma espécie de torta rústica à base de trigo e ricota, preparada por ocasião das festas primaveris já na era romana.

Uma das lendas mais fascinantes conta que a pastiera nasceu graças à sereia Partenope, mítica fundadora de Nápoles.

Os habitantes do golfo, encantados pelo seu doce canto, ofereceram-lhe sete presentes preciosos, símbolos da sua terra: a farinha (riqueza), a ricota (abundância), os ovos (fertilidade), o trigo cozido no leite (fusão entre reino animal e vegetal), as flores de laranjeira (perfume da primavera), as especiarias (homenagem de todos os povos) e o açúcar (doçura do seu canto).

Partenope, grata, mergulhou estes presentes no mar e as ondas, misturando-os com a magia do seu movimento, deram vida à primeira pastiera, um doce suave como o seu canto.

A versão mais aceita, e historicamente mais plausível, liga o nascimento da pastiera (como a conhecemos hoje) às freiras do convento de San Gregorio Armeno, no coração do centro histórico de Nápoles.

Este convento era renomado pelas habilidades culinárias das suas freiras. Conta-se que, por ocasião da Páscoa, as freiras quiseram criar um doce que unisse os símbolos da Ressurreição (os ovos, a ricota, o trigo) com os perfumes da primavera (as flores de laranjeira do seu jardim).

As freiras aperfeiçoaram a antiga torta de trigo e ricota, enriquecendo-a com açúcar, ovos e aromas, criando uma obra-prima de sabor e perfume. O resultado foi uma torta de sabor único e inconfundível, que logo se tornou o doce símbolo da Páscoa napolitana.

No decorrer dos séculos, a receita clássica da pastiera sofreu pequenas variações, mantendo, no entanto, sua essência.

Cada família napolitana guarda zelosamente a sua versão, transmitida de geração em geração.

As principais diferenças são encontradas nas quantidades dos ingredientes, na adição ou não de frutas cristalizadas (cidra e laranja em particular), na aromatização da ricota (com baunilha, canela ou casca de limão) e na consistência do recheio.

Alguns preferem um creme de ricota mais liso, outros com uma consistência mais granulosa devido à presença do trigo.

Outro detalhe a não subestimar ao falar de pastiera é que a tradição quer que sejam dispostas na superfície sete tiras de massa folhada. Este número não é casual, mas está cheio de significados simbólicos e religiosos.

A Semana Santa: O número sete remete imediatamente à semana santa, o período culminante da liturgia cristã que precede a Páscoa. As tiras representariam então os dias que conduzem à Ressurreição de Cristo.

Os Sete Sacramentos: Alguns interpretam as sete tiras como uma referência aos sete sacramentos da Igreja Católica.

Além do significado simbólico, as tiras também têm uma função prática: ajudam a conter o recheio durante o cozimento e criam um motivo decorativo elegante e reconhecível.

Acredito, como muitas vezes acontece quando lhes conto sobre um prato antigo que representa um pilar da culinária gastronômica italiana, que já falei demais!

Chegou a hora de arregaçar as mangas, colocar um belo avental (ou zinale como diria minha avó abruzesa!) e ir para a cozinha preparar a pastiera napolitana original!

Deixo antes algumas outras receitas pascais que podem te interessar:

pastiera napolitana sem creme
  • Dificuldade: Média
  • Custo: Caro
  • Tempo de descanso: 2 Dias
  • Tempo de preparação: 2 Dias
  • Porções: duas pastiere, uma de 24 cm e uma de 22 cm ou uma de 33-34 cm
  • Métodos de cozimento: Fogão, Forno elétrico
  • Culinária: Italiana
  • Sazonalidade: Primavera, Páscoa

Ingredientes

  • 500 g farinha 00
  • 3 ovos (médios inteiros)
  • 200 g banha (ou 200 gramas de manteiga ou 100 g de banha + 100 g de manteiga)
  • 200 g açúcar
  • 1 pitada sal
  • casca de laranja
  • casca de limão
  • 500 g trigo para pastiera (já pré-cozido)
  • 250 g leite (de preferência integral)
  • 50 g manteiga
  • casca de laranja
  • casca de limão
  • 500 g ricota de ovelha (ou de vaca, SECA)
  • 320 g açúcar granulado
  • casca de limão
  • casca de laranja
  • 4 ovos (médios inteiros)
  • 2 gemas
  • 50 g frutas cristalizadas
  • aroma de flor de laranja (meia ampolinha + meia ampolinha de flor de laranjeira)
  • canela em pó (apenas se gostar)

Ferramentas

  • Panela
  • Tigelas
  • Espátula
  • Peneira
  • Batedor de mão
  • Forma
  • Superfície de amassar
  • Rolo de macarrão
  • Ralador
  • Cortador de massa
  • Filme plástico para alimentos
  • Papel manteiga
  • Balança
  • Colher de madeira

Passos

  • Como eu dizia acima, existem centenas de versões desse famoso bolo, pois cada família carrega consigo doses, conselhos e segredos desta antiga preparação.

  • Quem me acompanha sabe que sou abruzesa e, portanto, não posso dizer que a pastiera pertence ao meu repertório cultural gastronômico.

  • No entanto, amo esse doce que preparo graças à receita que um querido amigo confeiteiro napolitano me deu e que, hoje, presenteio a vocês.

  • Comecemos dizendo que a verdadeira massa para pastiera é feita utilizando banha, ou seja, gordura de porco. Há quem use metade banha e metade manteiga e quem prefira usar apenas manteiga, no final do artigo explico a diferença.

  • Hoje, em respeito à receita original, vamos usar apenas a banha, mas você pode escolher a solução que preferir.

  • Em uma tigela coloque o açúcar, a casca de uma laranja e de um limão, orgânicos, bem lavados e secos.

  • Friccione com as mãos o açúcar e a casca dos cítricos para liberar todos os aromas.

  • Neste ponto, adicione a banha não fria da geladeira (ou a manteiga ou metade banha e metade manteiga) e misture rapidamente até obter um creme.

  • Coloque os ovos, ligeiramente batidos com um garfo, e misture.

  • Incorpore a farinha (lembre-se nada de fermento) e uma pitada de sal e misture até obter uma massa muito macia que você cobrirá com filme plástico e deixará descansar na geladeira por cerca de 12 horas.

  • Para praticidade, recomendo dividir a massa em duas, uma parte maior (cerca de 2/3) será usada para forrar a forma e a outra (1/3) para fazer as 7 tiras.

  • Pegue dois sacos para alimentos, coloque a massa dentro e amasse-a com as mãos até obter uma folha bastante fina.

  • Este método permitirá, uma vez retirada da geladeira, trabalhar a massa mais facilmente.

  • Começamos com o trigo cozido para pastiera: pegue uma panela e coloque dentro o trigo cozido.

  • Adicione o leite, uma pitada de sal, a manteiga, casca de laranja e limão e leve para ferver.

  • Assim que o composto começar a ferver, conte 15 minutos de cozimento em fogo baixo, mexendo de vez em quando para não grudar no fundo.

  • O leite deve ser quase completamente absorvido pelo trigo, que deve ficar bem cremoso. Adicione a ampolinha de aroma de flor de laranjeira e misture. Deixe esfriar completamente.

  • Agora passamos à preparação da ricota:

    Escorra a ricota: coloque a ricota em uma peneira de malha fina e deixe escorrer na geladeira por pelo menos algumas horas, ou idealmente durante toda a noite.

  • Em seguida, passe-a pela peneira até obter um creme. Uma ricota muito úmida comprometeria a consistência do recheio.

  • Trabalhe a ricota com o açúcar: coloque-a em uma tigela grande e trabalhe-a com o açúcar granulado usando um batedor (manual ou elétrico) até obter um creme liso e homogêneo. Certifique-se de que o açúcar esteja completamente dissolvido.

  • Adicione os ovos e as gemas: Adicione os ovos inteiros e as gemas ao creme de ricota e açúcar, misturando bem.

  • Aromatize o recheio: Adicione a casca ralada de laranja e limão, a água de flor de laranjeira (ou outro aroma de flor de laranjeira) e, se desejar, uma pitada de canela. Misture delicadamente para incorporar todos os aromas.

  • Adicione o trigo resfriado: Adicione o trigo cozido e resfriado ao composto de ricota e ovos. Misture delicadamente com uma espátula para distribuí-lo uniformemente.

  • Se preferir uma consistência menos granulosa, bata o trigo com um mixer para torná-lo mais aveludado.

  • Cubra tudo com filme plástico e deixe descansar na geladeira durante toda a noite.

  • Abrir a massa folhada: Retire da geladeira a massa maior que será usada para forrar a forma e deixe a outra para as tiras na geladeira para não aquecer.

  • Forre a forma: Abra a massa sobre uma superfície ligeiramente enfarinhada até obter uma espessura de cerca de 3-4 mm.

  • Enrole a massa no rolo e desenrole-a delicadamente sobre a forma previamente untada e enfarinhada (ou forrada com papel manteiga).

  • Com essas quantidades, você pode fazer duas pastieras usando uma forma de 22 cm e uma de 24. Ou, se preferir, uma maior de 33-34 cm. Recomendo usar rigorosamente o ruoto, típico molde para pastiera napolitana.

  • Faça a massa aderir bem ao fundo e às bordas, certificando-se de que estas últimas tenham pelo menos 3-4 cm de altura. Elimine o excesso de massa com uma faca.

  • Coloque o recheio: Despeje delicadamente o recheio na base da massa, distribuindo-o uniformemente.

  • Prepare as tiras: Abra a parte restante da massa e corte tiras com cerca de 1,5 a 2 cm de largura com uma roda dentada ou uma faca.

  • Decore a pastiera: Disponha as tiras sobre a superfície do recheio, cruzando-as para formar uma rede de losangos. Faça as extremidades das tiras aderirem bem às bordas da massa.

  • Assar no forno: Pré-aqueça pelo menos 20 minutos antes o forno estático a 160°C. Coloque a pastiera no suporte mais baixo que tiver e asse por uma hora e meia. Após o tempo, mova a forma para o suporte central e asse na mesma temperatura por mais 30 minutos.

  • A pastiera estará pronta quando a superfície estiver dourada e o recheio estiver firme. Se a superfície escurecer muito rapidamente, você pode cobrir a forma com uma folha de alumínio.

  • Resfriamento: Depois de assada, retire a pastiera do forno e deixe esfriar completamente à temperatura ambiente.

  • Este é um passo crucial para permitir que o recheio assente e os sabores se misturem.

  • Não é à toa que a pastiera deve ser preparada 2 dias antes de ser servida e armazenada na geladeira.

  • Escolha livre para decorá-la com açúcar de confeiteiro e finalmente cortar e saborear uma fatia dessa poesia!

    pastiera napolitana
  • Espero que esta explicação detalhada te ajude a preparar também a pastiera napolitana!

  • Se quiser, me avise nos comentários se você vai tentar ou se faz de maneira diferente!

    receita da pastiera napolitana
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    Artigo protegido por direitos autorais © – Gabriella Geroni © Reprodução Reservada

Conservação da Pastiera

A pastiera é um doce que se conserva bem, mantendo sua fragrância e sabor por vários dias, se conservada corretamente:

Temperatura Ambiente: A pastiera assada se conserva à temperatura ambiente (em local fresco e seco, longe de fontes de calor e umidade) por 3-4 dias. É aconselhável cobri-la com uma campana de vidro ou envolvê-la delicadamente com filme plástico para evitar que resseque ou absorva odores.
Geladeira: para uma conservação mais prolongada, a pastiera assada pode ser conservada na geladeira por cerca de uma semana. Também nesse caso, é importante protegê-la com filme plástico ou colocá-la em um recipiente hermético. Antes de servir, é aconselhável deixá-la à temperatura ambiente por pelo menos meia hora para recuperar sua consistência ideal e liberar seus perfumes da melhor forma.

Congelamento da Pastiera
Sim, a pastiera pode ser congelada, tanto crua quanto assada, e aqui estão todos os detalhes. Veja, porém, algumas precauções a seguir:

Selle bem: o ar é o inimigo do congelamento, então certifique-se de que a pastiera esteja bem selada para evitar queimaduras de frio e a perda de sabor.
Etiquetar: indique sempre a data de congelamento para acompanhar os tempos de conservação.
Descongelamento lento: deve ser gradual e feito na geladeira, para preservar ao máximo a consistência e o sabor da pastiera. Evite descongelar à temperatura ambiente muito rapidamente ou no micro-ondas, pois isso pode alterar sua consistência.

Segredos e Dicas para o Recheio:

Ricota de ovelha: Como manda a tradição, utiliza-se a ricota de ovelha, que confere um sabor mais intenso e característico. Se não a encontrar, pode usar também ricota de vaca de excelente qualidade, mas certifique-se de que esteja bem seca.

Escorrer a ricota: Este passo é fundamental para evitar um recheio muito líquido. Cozimento do trigo: O cozimento do trigo com o leite o deixa mais macio e cremoso.

Aromas de qualidade: Utilize aromas de boa qualidade para um perfume intenso e autêntico.

FAQ (Perguntas e Respostas)

  • Posso congelar a pastiera?

    Sim, a pastiera pode ser congelada, tanto crua quanto assada, com algumas precauções.
    Congelamento Cru: prepare a base de massa na forma e despeje o recheio resfriado. Disponha as sete tiras de massa sobre a superfície e deixe esfriar completamente por pelo menos algumas horas, na geladeira se estiver muito quente em casa. Em seguida, envolva cuidadosamente a forma com vários camadas de filme plástico e depois com uma folha de alumínio.
    Congele a pastiera por um máximo de 2-3 meses. Para descongelar a pastiera crua, transfira-a do freezer para o frigorífico e deixe descongelar lentamente por pelo menos 12-24 horas. Uma vez descongelada, asse a pastiera seguindo a receita tradicional.
    Congelamento Assado: deixe esfriar completamente a pastiera assada à temperatura ambiente por várias horas. Escolha se congelar inteira ou em porções (por exemplo, corte ao meio ou diretamente em fatias). Envolva cuidadosamente a pastiera inteira ou as fatias individuais com várias camadas de filme plástico e depois com uma folha de alumínio ou coloque-as em recipientes herméticos adequados para congelamento. A pastiera assada se conserva no freezer por um máximo de 1-2 meses.
    Para descongelar a pastiera assada, transfira-a do freezer para o frigorífico e deixe descongelar lentamente por várias horas. Alternativamente, você pode descongelar as fatias individuais à temperatura ambiente por cerca de uma hora.
    Se desejar servi-la morna, pode aquecer ligeiramente a pastiera descongelada no forno a baixa temperatura (cerca de 150°C) por poucos minutos.

  • Como se cozinha o trigo para a pastiera?

    O trigo para a pastiera, geralmente vendido já pré-cozido em lata, necessita de uma preparação adicional para torná-lo cremoso e perfumado. A partir da fervura, cozinhe por cerca de 15 minutos, ou até que o leite esteja quase completamente absorvido e o trigo tenha uma consistência cremosa. Depois, é fundamental que esfrie completamente antes de adicioná-lo ao recheio de ricota.

  • Se eu quiser usar trigo cru, como devo fazer?

    A receita original prevê o uso de trigo cru. Hoje é difícil encontrá-lo, por isso se usa aquele pré-cozido em lata, que reduz significativamente o tempo de preparação.
    Se quiser usar trigo cru, a quantidade corresponde à metade em relação ao trigo cozido. Deve-se primeiro deixá-lo de molho em uma tigela por 3 dias. A água deve ser trocada pelo menos duas vezes ao dia. Após o tempo indicado, o trigo deve ser escorrido, lavado e cozido em água por cerca de 1 hora e meia sem mexer. Uma vez cozido, escorra e o trigo estará pronto para ser usado como descrito acima.

  • Qual ricota usar para a pastiera?

    A tradição napolitana prevê o uso de ricota de ovelha. Esta ricota tem um sabor mais intenso e uma consistência mais seca, ideal para o recheio da pastiera. No entanto, se não a encontrar, pode-se utilizar uma ricota de vaca de excelente qualidade, desde que esteja bem escorrida para eliminar o excesso de soro. Evite ricotas muito aguadas ou industriais, que podem comprometer a consistência do doce.

  • Como escorrer a ricota para a pastiera?

    Um excesso de umidade na ricota pode deixar o recheio da pastiera muito líquido. Veja como escorrê-la eficazmente:
    Método da peneira: o método mais simples consiste em colocar a ricota em uma peneira de malha fina, forrada com um pano de algodão limpo ou gaze estéril. Posicione a peneira sobre uma tigela para coletar o soro. Deixe escorrer a ricota na geladeira por pelo menos algumas horas, de preferência durante toda a noite. Depois, passe pela peneira até obter um creme.
    Pressão: se você tem pouco tempo, pode envolver a ricota no pano e espremê-la delicadamente sobre a peneira para favorecer a eliminação do soro. Tenha cuidado para não pressionar demais, caso contrário, pode ficar muito seca.

  • Como substituir a banha na massa da pastiera?

    A receita mais antiga e “ortodoxa” da massa para a pastiera napolitana prevê o uso de banha (ou sugna) em vez de manteiga. A banha confere à massa uma friabilidade única e um sabor ligeiramente diferente, mais rústico e intenso.
    No entanto, ao longo do tempo, em muitas variantes modernas e familiares, encontramos a manteiga, ou até mesmo um mix de manteiga e banha. A manteiga dá à massa um sabor mais delicado e uma consistência ligeiramente diferente, mas ainda assim agradável.
    Se você quer seguir a receita mais autêntica e tradicional, a banha é o ingrediente a ser utilizado.
    A massa feita com banha tende a ser mais friável do que aquela feita apenas com manteiga.
    Além disso, a banha tem um sabor mais pronunciado do que a manteiga, que se reflete ligeiramente no gosto final da massa.
    O único ponto negativo é que a banha pode ser menos disponível em algumas regiões. Nesse caso, podemos usar manteiga.

  • Quanto tempo a pastiera napolitana deve assar?

    O tempo de cozimento é importante para o sucesso deste doce napolitano e varia de acordo com o forno, mas também com o tamanho da forma. Geralmente, fica entre uma hora e meia/duas horas.

  • A que temperatura assar a pastiera?

    A temperatura do forno é outro elemento chave. A pastiera deve ser assada em forno estático pré-aquecido a uma temperatura de 160°C. Um cozimento lento e a temperatura não muito alta permitem que o recheio cozinhe de forma uniforme sem inchar excessivamente para depois desinchar bruscamente, evitando rachaduras. Se, após o tempo indicado pela receita, você perceber que o recheio ainda está mole, reduza a temperatura para 140/150 e continue o cozimento até que o recheio, ao tocá-lo com os dedos, esteja firme.

  • Como fazer a pastiera sem trigo cozido?

    O trigo cozido é um ingrediente tradicional e distintivo da pastiera napolitana, que confere ao doce uma consistência particular. No entanto, se não o encontrar ou quiser tentar uma variante, você pode substituí-lo por:
    Arroz: Ferva cerca de 200 g de arroz com leite e manteiga por cerca de 30 minutos, até que o leite seja quase completamente absorvido e o arroz se torne um creme. Deixe esfriar completamente antes de adicioná-lo à ricota e aos ingredientes como descrito acima.
    Cevada perlada: De forma semelhante ao arroz, você pode utilizar cevada perlada pré-cozida, cozinhando-a com leite e aromas.
    É claro que a pastiera preparada sem trigo cozido não será a versão tradicional e terá um sabor e consistência diferentes.

  • Por que a pastiera incha e depois murcha?

    Um fenômeno comum durante o cozimento que gera preocupação. A pastiera incha no forno porque o recheio contém água que se transforma em vapor durante o cozimento.
    Quando o vapor se expande, levanta a superfície da pastiera, causando o inchaço. Este inchaço diminui quando a pastiera esfria, mas, neste caso, podem se formar as indesejáveis rachaduras. Existem aqueles que utilizam uma folha de papel manteiga sob a pastiera para evitar o contato direto com o fundo do forno e aqueles que colocam a pastiera na geladeira por uma hora antes de assar. No entanto, para reduzir este fenômeno e evitar que a massa se quebre, o truque é fazer um cozimento lento em temperaturas baixas.

  • Como aromatizar a pastiera napolitana?

    A aromatização é um elemento chave da pastiera. Os aromas tradicionais incluem:
    Flor de laranjeira: O aroma de flor de laranjeira é imprescindível e pode ser adicionado por meio de ampolas, água de flor de laranjeira ou essência.
    Casca de limão e laranja: obviamente não tratadas, conferem frescura e perfume.
    Canela: Uma pitada de canela é opcional, mas acrescenta uma nota quente e picante.
    Baunilha: Algumas receitas preveem a adição de extrato de baunilha.
    É importante não exagerar nos aromas para não cobrir o sabor delicado da ricota e do trigo.

  • A base da pastiera está crua, o que posso fazer?

    Se, após esfriar completamente a pastiera e retirá-la da forma, você perceber que a massa está pouco assada, para evitar jogar tudo fora, você pode tentar fazer o seguinte.
    Coloque-a de volta na forma, envolva completamente com papel alumínio para evitar que escureça excessivamente na superfície e coloque de volta no forno, na grelha mais baixa.
    Asse por pelo menos 15 minutos, a 150 graus em forno estático, e faça uma verificação até atingir a assadura ideal.

  • O que fazer se o recheio da pastiera estiver muito líquido?

    Este é um problema que pode acontecer.
    Se o recheio da pastiera estiver muito líquido antes de assar, você pode tentar:
    Adicionar uma colher rasa de amido de milho ou farinha peneirada pode ajudar a absorver o excesso de líquidos. Misture bem para evitar grumos.
    Cozinhar ligeiramente o recheio: Se o trigo não foi cozido o suficiente com o leite, você pode cozinhar o recheio em fogo baixo por alguns minutos, mexendo continuamente, para engrossar ligeiramente os líquidos. Deixe esfriar completamente antes de colocá-lo na base da massa.

    No entanto, é importante não alterar muito a receita original, então adicione os espessantes com moderação.

  • Por que a pastiera está muito úmida após assar?

    Uma pastiera muito úmida após assar pode depender de vários fatores:
    Ricota não suficientemente escorrida: Se a ricota continha muito soro, este será liberado durante o assar, deixando o recheio úmido.
    Trigo muito úmido: Se o trigo não foi cozido o suficiente com o leite ou se não secou bem após o cozimento, pode liberar umidade no recheio.
    Assar insuficiente: Se a pastiera não foi assada pelo tempo necessário, o recheio pode não ter se solidificado completamente e permanecer úmido.
    Resfriamento insuficiente: É fundamental deixar a pastiera esfriar completamente à temperatura ambiente e depois na geladeira. Durante o resfriamento, o recheio se assenta e o excesso de umidade pode evaporar ligeiramente. Cortar a pastiera ainda quente pode fazê-la parecer mais úmida.

  • Posso colocar mais ou menos tiras de massa?

    Não existe uma razão “técnica” para que sejam sete tiras de massa e não mais ou menos. Trata-se de um costume enraizado na tradição e simbolismo pascal napolitano. Portanto, já que fazer sete não custa absolutamente nada, mas torna a pastiera perfeita como manda a tradição, faça de forma a colocar sete 😉

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Bem-vindos ao Mela Cannella e Fantasia, Mela Cannella e Fantasia! Neste blog, vocês encontrarão apenas receitas testadas pessoalmente e 100% seguras. Um diário virtual repleto de ideias simples e acessíveis para todos, mesmo para os menos experientes ou para quem tem pouco tempo para ficar na cozinha.

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