Pandoro de Giorilli com o li.co.li.

Não há Natal sem pandoro, e por isso este ano apresento o pandoro de Giorilli com li.co.li.
É um grande fermentado e por isso precisa de um longo processo, requer fermento natural e muita paciência… mas como costumo dizer mesmo quando faço pão, é bom ver o esforço recompensado com um resultado de nível, já que se amassa em casa com uma simples batedeira planetária.
Mas sabe como é, a paixão te faz fazer grandes coisas
O aroma é espetacular e o sabor é muito semelhante aos da grande distribuição com um segredo a mais: o fato de tê-lo feito com nossas próprias mãos.
Sei que há de tudo na web, mas é o meu sucesso pessoal… o fato de ter conseguido no meio de toda a confusão que caracteriza este meu período; o fato de meu filho ter me dito “é melhor do que o que se vende”… e muito mais.

Normalmente, os grandes fermentados são amassados com massa madre sólida, mas também com o li.co.li., se bem gerido, obtêm-se ótimos resultados.

Os ingredientes são importantes e por isso adquirir uma boa farinha de força, uma ótima baunilha e uma boa manteiga, talvez alemã (no Lidl se encontra), é fundamental.

Se você é um amador apaixonado, tem o li.co.li e quer tentar fazer em casa o seu pandoro, aqui está a receita detalhada com fotos passo a passo e dicas para fazer o Pandoro de Giorilli com li.co.li.


A receita em questão é retirada de aqui …


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  • Dificuldade: Difícil
  • Custo: Médio
  • Tempo de descanso: 1 Dia
  • Tempo de preparação: 2 Dias
  • Porções: 8/10
  • Métodos de cozimento: Forno
  • Culinária: Italiana
  • Sazonalidade: Natal, Ano Novo

Ingredientes

Forma de 1 Kg

  • 50 g fermento madre líquido
  • 345 g farinha Manitoba
  • 95 g açúcar
  • 260 g ovos
  • 110 g manteiga (mole)
  • 120 g manteiga (em pomada)
  • 55 g açúcar
  • 20 g chocolate branco (ou 25 g de manteiga de cacau)
  • 10 g mel de acácia
  • 1 vagem baunilha
  • (todo o primeiro amasso)
  • 55 g farinha Manitoba
  • 4 g mel
  • 55 g gemas
  • 20 g creme de leite fresco líquido
  • 5 g sal

Ferramentas

A batedeira planetária é indispensável para gerenciar este tipo de massa e ter um termômetro de sonda ou infravermelho ajuda a manter o controle da temperatura.

  • 1 Batedeira Planetária
  • 1 Termômetro

Preparação Pandoro de Giorilli com o li.co.li.

  •  Na tigela da batedeira planetária, reunir a farinha peneirada, o li.co.li. e parte dos ovos, iniciar a máquina em vel. 1 e trabalhar por cerca de dez minutos ou mais com a folha (a massa deve apresentar-se lisa).

    – Adicionar pouco a pouco os ovos restantes e, após a absorção, unir o açúcar e por fim a manteiga em pomada em várias etapas, para evitar que a massa fique mole.

    – Aumentar gradualmente a vel. para 2 e trabalhar até obter a massa lisa e bem ligada.

  • – Verificar o véu e a temperatura com o termômetro.

    – Virar a massa sobre a superfície ligeiramente untada e rodar (este vídeo é muito útil) sem adicionar farinha, colocá-la em um recipiente de bordas altas, de preferência transparente, e marcar o nível inicial e final com um elástico ou caneta. Cobrir com plástico filme e deixar triplicar em temperatura ambiente durante toda a noite.

    EDIT 2023: Com o termômetro infravermelho e mantendo a farinha na geladeira à tarde, fechei a primeira massa a 21.6°C

  • Dissolvi em uma panela em fogo baixo a manteiga em pedaços, o chocolate reduzido a pedaços e o restante dos ingredientes, até emulsionar tudo. Coberto com plástico filme e colocado na geladeira.

    Enquanto com a manteiga de cacau, bater todos os ingredientes até obter um creme homogêneo.

  • Emulsão recém-feita

  • Emulsão após descanso na geladeira. No início, resulta durinha, mas misturando com um batedor ou com um garfo, aquece ligeiramente e assume a consistência de um creme de pasteleiro denso.

  • É aconselhável nesta fase ter os ingredientes frios, por isso é recomendável passar a massa levemente desinflada na geladeira por meia hora antes de começar e talvez colocar tigela e folha no freezer e, enquanto isso, pesar todos os ingredientes.

  • – Iniciar a máquina na velocidade mínima com metade da primeira massa para “recuperá-la” um pouco, adicionar a farinha e o mel; quando a massa se apresentar lisa e compacta, adicionar a parte restante e o sal.

    – Com a massa bem ligada, adicionar em várias etapas as gemas, até a completa absorção.

    – Quando a massa se apresentar bem lisa, começar a adicionar a emulsão em pequenas colheradas, previamente misturada com o batedor. Nesta fase, é fundamental não perder a ligação e, por fim, sempre lentamente, a fio, adicionar o creme de leite.

  • Colocar a primeira massa na batedeira

  • Dar algumas voltas para recuperar a massa e adicionar a farinha.

  • Adicionar o mel com a folha em movimento.

  • Adicionar a emulsão.

  •  Recomendo virar frequentemente a massa na tigela para evitar que aqueça e finalizar o processamento sempre abaixo de 26°.

  • – Retirar a massa da batedeira e deixá-la descansar por 30′ coberta com plástico filme a 28°C (forno desligado com luz acesa).

    – Pesar a massa, calcular que no recipiente vai 10% a mais (No meu caso, a forma é de 750 g, então vão 825 g de massa e o restante nas forminhas de muffin).

    Depois, virar a massa sobre a superfície de trabalho e deixá-la descansar por 15′ e rodar uma ou duas vezes, dependendo de quão sustentada está a massa, com intervalos de 15/20′ entre uma e outra.

  • – Untar perfeitamente a forma, colocar a massa com o fechamento levemente de lado (online, há vídeos demonstrativos), cobrir com plástico filme e esperar que chegue com a cúpula um pouco para fora.

  • – Descobrir a massa enquanto o forno atinge a temperatura de 150°C (estático) e 140°C (ventilado), depois colocar no forno e deixar cozinhar por cerca de 50′, cuidando de inserir o termômetro de sonda cerca de dez minutos antes do final e deixar o forno entreaberto (com uma bolinha de papel alumínio ou uma colher de pau entre a porta e o forno). Quando medir 94°C no centro, o pandoro estará cozido.

Dicas indispensáveis:

Para quem se aproxima deste tipo de massa, quero dar algumas sugestões que ajudam muito:

– Leia várias vezes a receita, faça-a “própria” para ter tempo de dissipar eventuais dúvidas perguntando ou pesquisando na rede.

– Pese todos os ingredientes antes para não perder tempo e ter tudo à mão… tigelas, espátulas, termômetro…

– Não deixe a massa aquecer, se necessário, pare a máquina e coloque por alguns minutos acessórios e massa na geladeira.

– Tenha paciência; os fermentados em geral requerem paciência… mas depois sabem recompensar com sua gostosura.

– Calcule bem os tempos. É sempre bom reservar um final de semana para quem trabalha e cancelar todos os possíveis compromissos…

– Os tempos de fermentação da primeira como da segunda massa, são ainda assim suscetíveis de quão forte está o fermento; da temperatura final da massa e da temperatura da casa. Recomendo deixar fermentar no forno com a luz acesa e termômetro próximo para verificar que não ultrapasse 28°C

EDIT 2023

Para garantir que a temperatura da massa não subisse muito durante o processamento, antes de iniciar o primeiro amasso, mantive todos os ingredientes na geladeira (incluindo a farinha).

Notas sobre a farinha:

Os grandes fermentados necessitam de farinhas com alto teor de proteínas. É bom então usar uma Manitoba que geralmente tem um W400, mas também pode usar uma farinha com um W 320-350.

Na dúvida, compre farinhas onde está indicado o W.

Na dúvida, compre farinhas onde está indicado o W.

Notas sobre o li.co.li

Nos dias que antecedem o amasso, refresque o li.co.li. com farinha 00 (recomendo sempre fazê-lo; não é necessário sobrecarregá-lo com a Manitoba) apenas quando estiver colapsado (geralmente após 24 horas). E se ele estiver bem ativo, não são necessários refrescos próximos.

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cucinadisabrina

Paixão e fantasia entre o forno e o fogão. Cozinha e confeitaria simples e ao alcance de todos.

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