Como vocês sabem, no Japão cada restaurante tem sua especialidade, portanto, se vocês decidirem comer em um restaurante que oferece, por exemplo, ramen (ramen-ya), encontrarão apenas ramen, embora de muitos tipos. Apenas os izakayas, que são comparáveis aos nossos “pubs”, oferecem mais pratos, mas nem sempre.

Durante nossa maravilhosa viagem a Tóquio, para o ano novo de 2019-20, provamos muitas especialidades, mas não conseguimos encontrar um restaurante que tivesse os Onigiri. Por isso, aqui estou eu, tentando cozinhar uma das especialidades mais simbólicas da culinária japonesa.

Lembram dos desenhos japoneses dos anos 80 (todos originados de mangás)? Lembram quando os personagens, famintos, mordiam um bolinho de arroz espalhando grãos por todo o rosto?
É isso, esses são os onigiri: bolinhos de arroz branco envoltos em alga nori.

O nome onigiri deriva do verbo nigiru. Literalmente significa “moldar“, “apertar na mão“.
Podem ter três formas diferentes. A mais comum é a triangular (sankaku gata), mas também podem ser ovais (maru gata) ou cilíndricas (tawara gata).

Têm na base uma tira de alga nori que permite segurá-los na mão, os recheios são os mais variados – veja abaixo – e frequentemente se utilizam sementes de gergelim para guarnecer a parte externa: gomashio (gergelim e sal) ou furikake (gergelim, sal e uma mistura de peixe seco japonês).

São frequentemente encontrados no tradicional Bento, sendo, de fato, chamados de comida do amor, pois são um dos primeiros pratos que as mães preparam para seus filhos.

A versão “onigirazu” é aquela definida como “sushi sandwich”, mas o onigiri não deve ser confundido com o tipo de sushi chamado nigirizushi ou simplesmente nigiri.

O onigiri é feito com arroz simples (às vezes levemente salgado), enquanto o sushi é feito de arroz com vinagre, açúcar e sal.