Os aspargos selvagens são um broto, uma erva espontânea com caule fino agradavelmente amargo e muito mais saboroso que o aspargo comum.

Qual é o preço deles? Se colhidos pessoalmente na natureza, o custo deles é zero, enquanto o preço de venda é geralmente caro e pode variar de 10 a 28 euros por quilo.

Podem ser cultivados? Aqui um vídeo para aprender a cultivação natural deles com o método Fukuoka.

A coleta é regulamentada? Depende do local de coleta, algumas regiões italianas como Toscana, Sicília e Veneto emitiram regulamentos para estabelecer de forma precisa o período e a quantidade máxima por pessoa a ser coletada. É necessário se informar se na sua área ou município é necessário um cartão para realizar a coleta.

Outros nomes: asparagina, aspargo de bosque, aspargos de campo, aspargo pungente, aspargo espinhoso, sparasine.
Não confundir com os bruscandoli (menos recortados e mais finos), os brotos de pungitopo (com pontas mais lisas e violetas) ou a salicornia (o aspargo do mar encontrado em áreas salobras).

Onde encontrá-los? Crescem no campo, em prados não cultivados, na mata mediterrânea, clareiras, fileiras, ao longo das sebes e nos bosques, mesmo acima de mil metros no centro e sul da Itália. No norte são mais raros e preferem colinas e áreas mais protegidas e amenas. Não crescem nas regiões do norte (como Trentino Alto Adige, Piemonte, Vale de Aosta), onde se podem encontrar aspargos de montanha (barba de cabra), aqui as fotos para reconhecê-los no estado de broto (comestíveis) e adultos (venenosos).

Como reconhecer os aspargos selvagens? A planta é uma erva espontânea e perene, subterraneamente se desenvolve com uma rede densa de rizomas. A parte comestível são seus turiones aéreos (jovens brotos), fino e precisamente sua parte final tenra de cor verde e em partes violeta. O caule mais próximo ao solo é lenhoso e espinhoso.

Vamos descobrir suas propriedades e valores nutricionais com a nutricionista Maria F. Buccinnà: “os aspargos selvagens são ricos em fibras que ajudam a absorver menos gorduras e açúcares contidos na refeição e a estimular a digestão, prevenindo prisão de ventre e inchaços. São ótimas fontes de vitaminas antioxidantes, especialmente A, C, E e algumas do grupo B, e sais minerais como fósforo, potássio e cromo. Além disso, estes vegetais são ricos em saponinas, moléculas que inibem a proliferação de células tumorais do cólon. No aspargo selvagem a concentração dessas moléculas benéficas é muito mais alta comparada à do aspargo cultivado. Estes compostos têm uma reconhecida atividade nutracêutica juntamente com os flavonoides aos quais se deve a atividade diurética. Para manter intactas as propriedades dessas moléculas, os aspargos selvagens não devem ser fervidos em água. As saponinas, de fato, são extremamente resistentes ao calor, mas são solúveis em água. Por essa razão, é preferível consumir os aspargos crus, em forma de salada, rapidamente salteados na frigideira ou grelhados e temperados com um molho de limão, alho e salsa.“
Contraindicações: contêm ácido acetilsalicílico (aumentam o ácido úrico) e, portanto, não são indicados para quem sofre de gota, problemas renais ou urinários.

ESTACIONALIDADE dos aspargos #selvagens: o melhor período é de março a junho, no sul da Itália podem ser encontrados já em janeiro ou até mesmo antes. É preferível colhê-los no início da temporada, pois são mais tenros, com o tempo tendem a ficar duros.

RECEITAS com aspargos cultivados