Os pan di ramerino com fermento natural são pãezinhos doces encontrados nas padarias florentinas durante o período pascal. Mais precisamente, são “O” doce que deve ser consumido na Quinta-feira Santa, expressão de uma cozinha pobre onde a criatividade e a reciclagem imperam. São, de fato, doces obtidos enriquecendo a massa do pão “sciocco” com ingredientes mais substanciais e saborosos. Assim, resultam em uma mistura de doce e salgado, com o aroma do alecrim (o ramerino do nome) combinado com as passas, tornando-os perfeitos tanto para o lanche, quanto para um mimo após a refeição ou mesmo para um café da manhã continental. Nesta minha versão, tentei reproduzir aqueles que eu comia na padaria debaixo de casa, com um leve sabor de anis e a glaçagem que deixava meus dedos grudados. Se você quiser experimentar, amarre o avental!
No final da receita, você encontrará o link para os pan di ramerino sem glúten, feitos pela minha amiga e colega Selene do blog ViaggiandoMangiando80, porque uma delícia dessas deve ser saboreada por todos!
Para outras receitas de doces tradicionais toscanos, dê uma olhada aqui

- Dificuldade: Média
- Custo: Econômico
- Tempo de descanso: 10 Horas
- Tempo de preparação: 40 Minutos
- Porções: 13
- Métodos de cozimento: Forno
- Culinária: Regional Italiana
- Região: Toscana
- Sazonalidade: Páscoa, Primavera, Verão e Outono
Ingredientes
Os ingredientes básicos são os necessários para fazer pão. Além disso, há uma pequena quantidade de açúcar e leite, além das passas e do alecrim. Como farinha, pode-se usar qualquer tipo de farinha em diferentes níveis de refinamento, prestando atenção às diferentes necessidades de hidratação. Por exemplo, eu também os fiz com a farinha de tipo 1 Grangusto do Molino Colombo e, nesse caso, adicionei mais 30 g de água.
- 400 g farinha 0
- 130 g fermento natural
- 50 g leite (também vegetal)
- 200 g água
- 50 g açúcar
- 7 g sal
- 150 g passas tipo Málaga
- 100 g vin santo
- 90 g azeite de oliva
- 20 g alecrim (fresco)
- 5 g anis negro (sementes)
- 1 gema
- 30 g leite
- 50 g açúcar
- 50 g água
Ferramentas
- 1 Batedeira planetária
- 1 Panela pequena
- 1 Peneira
- 1 Faca
- 1 Tigela
- 1 Filme plástico para alimentos
- 1 Mesa de trabalho
- 1 Espátula de metal
- 1 Balança de cozinha
- 2 Pincéis
- 2 Assadeiras
- 1 Panela pequena
- 1 Grelha para doces
- 1 Cortador de pão
Passos
Preparar os Pan di ramerino com fermento natural não é difícil, são apenas um pouco trabalhosos, como todas as preparações com fermento natural. Também aqui pode ajudar muito criar uma espécie de cronograma para não “encaixar” os tempos do fermento natural com os da sua própria rotina. Eu, por exemplo, refresco ao meio-dia, amasso por volta das 5 e depois de algumas horas coloco na geladeira até o dia seguinte, porque são horários que me permitem gerenciar também todo o resto.
Na batedeira planetária, esmigalhe o fermento natural dentro do leite. Com o batedor de pá, ligue a batedeira em velocidade moderada até que o fermento esteja totalmente dissolvido, formando um líquido leitoso e denso.
Adicione aos poucos a farinha, alternando com a água, pelo menos em três vezes, cuidando para absorver a água antes de passar para a próxima inserção.
Terminada a adição da farinha, depois que a massa adquiriu consistência, adicione o açúcar. A massa ficará muito densa e compacta; quando começar a perceber que a batedeira começa a forçar, passe para o gancho para prosseguir com os próximos passos.
Antes de começar a amassar, é necessário colocar para aquentar o azeite com metade do alecrim em uma panela pequena. Não deve fritar; quando começarem a aparecer as bolhas, meu conselho é desligar e deixar esfriar com o alecrim ainda dentro. Pouco antes de usá-lo, coe com uma peneira.
Uma vez bem frio, adicione em três partes o azeite à massa, com a batedeira em velocidade média-alta.
Assim que estiver firme, adicione o sal e aumente a velocidade para finalizar a incorporação.
Neste ponto, você pode escolher parar, deixar levedar e depois, no dia seguinte, adicionar as suspensões, ou (eu prefiro) adicioná-las agora e deixar a massa completa descansar posteriormente.
Assim, ele poderá absorver todos os aromas que serão inseridos.
Pique, então, com uma faca afiada o restante do alecrim fresco e insira-o na massa aos poucos, de modo a não perder a estrutura da massa.
Por último, adicione as passas que foram previamente reidratadas, colocando-as no vin santo e espremidas, além de um pouco de anis. Este último não é um ingrediente obrigatório como o alecrim e as passas; mas nas minhas memórias de infância está presente e eu amo muito o seu aroma. Obviamente, se não gostar, pode omitir.
Depois de terminar de amassar, faça uma bola e coloque tudo em uma tigela levemente untada, fechada com filme plástico ou com uma tampa de silicone. Deixe por algumas horas em temperatura ambiente e depois coloque na geladeira por pelo menos oito a dez horas. Assim ele terá tempo de amadurecer lentamente.
Depois da noite, tire a massa da geladeira e deixe-a aclimatar. Após pelo menos uma hora (embora muito dependa da temperatura da casa) vire a massa sobre a mesa de trabalho e, com a ajuda de uma espátula e uma balança, divida a massa. Eu fiz 13 partes de 70/80 gramas cada, mas os pan di ramerino nas padarias chegam a pesar mais de 100 gramas.
Como visto na sequência, para fazer a bolinha é preciso abrir bem a massa e trazer os cantos para o centro duas vezes, terminando ao beliscar tudo junto no centro para selar.
Uma vez formada a bolinha, é hora de pirlar: segurando-a como visto na foto, é preciso deixá-la deslizar sobre a mesa enquanto faz uma leve pressão. Recomendo fazer isso duas vezes, pois isso tornará as bolinhas perfeitas.
Depois de cobrir duas assadeiras com papel manteiga ou com os tapas de silicone de silicone, coloque as bolinhas suficientemente espaçadas entre si na assadeira. Eu coloquei 6 em uma assadeira e 7 em outra.
Cubra com filme plástico e coloque em um lugar quente para fazer a segunda fermentação. Para mim, levou cerca de duas horas e meia; é melhor assá-las um pouco antes do que esperar demais; no primeiro caso, terá a força para crescer no forno, no segundo, não terá mais força.
Ligue o forno a 180 graus em modo estático. Enquanto aquece, emulsione em uma tigelinha a gema e o leite. Com um pincel, passe por todos os pan di ramerinos com fermento natural pelo menos duas vezes, para dar uma cor bem forte.
Com um cortador de pão ou com uma faca muito afiada, faça 4 cortes, dois horizontais e dois verticais, que tradicionalmente representam uma cruz dupla. Cubra delicadamente com filme plástico e espere o forno atingir a temperatura.
Coloque para assar por 25/30 minutos, de preferência uma assadeira por vez, para que todos os pães assem uniformemente.
Enquanto os pan di ramerino estão no forno, em uma pequena panela coloque 50 gramas de água e 50 de açúcar. Leve à fervura, criando assim o xarope. Assim que saírem do forno e ainda quentes, coloque os pães em uma grelha com um prato embaixo e regue-os com o xarope que escorrerá todo no prato abaixo. Isso criará uma cobertura que deixará todos os pães brilhantes e pegajosos, como manda a tradição.
Assim que estiverem mornos, coloque os pan di ramerino com fermento natural em uma cesta, prontos para oferecer aos convidados na Semana Santa.
Conservação e notas
Os Pan di ramerino com fermento natural se conservam por 3 ou 4 dias se embrulhados em um pano ou em um saco de papel. Podem ser congelados já assados, cuidando para colocá-los em sacos diferentes para evitar que congelem juntos. Será suficiente tirá-los do congelador pela manhã para tê-los crocantes no jantar. Podem ser uma boa ideia como marcador de lugar no almoço de Páscoa ou um lanche para levar durante o passeio de Páscoa, e você verá que, uma vez descobertos, não poderá mais ficar sem eles! Se você gostou desta receita, me encontre no Instagram, onde posto outras receitas e dicas e onde podemos discutir sobre boa comida!
Os Pan di ramerino com fermento natural se conservam por 3 ou 4 dias se embrulhados em um pano ou em um saco de papel. Podem ser congelados já assados, cuidando para colocá-los em sacos diferentes para evitar que congelem juntos. Será suficiente tirá-los do congelador pela manhã para tê-los crocantes no jantar. Podem ser uma boa ideia como marcador de lugar no almoço de Páscoa ou um lanche para levar durante o passeio de Páscoa, e você verá que, uma vez descobertos, não poderá mais ficar sem eles! Se você gostou desta receita, me encontre no Instagram, onde posto outras receitas e dicas e onde podemos discutir sobre boa comida!
Os pan di ramerino sem glúten
Minha colega Selene fez uma versão dos pan di ramerino sem glúten, inspirando-se na minha receita e utilizando seu fermento natural feito de farinha de arroz e uma mistura de farinhas sem glúten adequada para panificação. Aqui está o link para a receita dela, onde você encontra o procedimento e os produtos específicos que ela utilizou.
